quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O gambá

     Certo dia, meu cunhado José percebeu um  movimento estranho em cima do telhado. Não deu importância, achou  que   estava   imaginando “coisas”.
      No dia seguinte, meu irmão Leandro viu no canto do  mesmo telhado, o que seria um pedaço ou parte do rabo de um bicho de pelo.   Sem hesitar foi até lá para averiguar. Não teve dúvidas... tinha que tomar uma providencia  pois se tratava de uma mãe gambá que havia ali construído o seu ninho, e o que era pior , os pequeninos estavam lá e eram vários quase uma dezena!
Imagine se ela resolve entrar em casa !!! Meu irmão tinha que tomar a tal providencia, e qual seria ? mata-los é claro !
      Se  armou ele  então, de  luvas , um  porrete, e...  de coragem...   afinal
iria  praticar  a crueldade  ou   o     “ bichocídio “ ... Começou a subir a escada que colocara na lateral da casa  quando veio à sua mente ... a minha linda imagem e ele então se perguntou :  O que a Vani faria ? Ela mataria os bichinhos , mamãe gambá e os filhotes ?
      Assim se questionado ele desceu da escada e se pôs a pensar no que “ eu “ faria ?..   E pronto... a solução :  chamou os bombeiros.
      Lá veio o carro de bombeiro. O rapaz sacou de uma ferramenta e com versatilidade subiu no telhado... Dali a pouco volta o bombeiro com a ferramenta que laçou a mamãe gambá pelo pescoço... Cena muito engraçada é que os filhotes vieram pendurados, grudados na mamãe pois estavam mamando... De lá do fundo até a frente da casa  eles foram  pendurados, apenas um se despregou e caiu. O bombeiro o recolheu e o colocou junto da mamãe e dos irmãozinhos,  numa gaiola dentro do caminhão.
     Para onde o bombeiro os levaria ?  é claro que meu irmão perguntou e veio a resposta que não poderia ser outra e melhor : eles seriam levados para a mata longe da cidade  onde viveriam e cresceriam em paz longe do perigo , pelo menos até a próxima aventura.
     Quando eu soube da história , fiquei feliz,... porque divulguei minhas idéias de proteção aos animais e isso ficou encalacrado na cabeça   do meu irmão que se lembrou de mim e de como eu agiria numa situação como aquela.
      Por divulgar meus sentimentos salvei indiretamente a família gambá.
      Fiquei de fato muito feliz... e aliviada.    
                  
                                                                 Por Ivani Milani   

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